Como trabalhar o autismo em escolas regulares

O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), tem como principais dificuldades na comunicação, interação social e de informações sensoriais. Por isso, o autismo no ensino regular precisa ser primeiramente inclusivo para então encontrar as melhores formas de ensinar a criança.

A educação é uma parte necessária na vida de todas as crianças, mas muitas crianças com autismo não estão recebendo o apoio que precisam na escola regular. Embora existam instituições especializadas para crianças com necessidades especiais, é um direito delas estar incluso na escola regular.

Toda criança com autismo (TEA) precisa ser reconhecida e respeitada por sua individualidade, para que possa se desenvolver em seu próprio tempo. Os professores podem criar obras maravilhosas que incluem a criança e valorizam sua participação na classe

Saiba mais como trabalhar o autismo em escola.


O autismo em escola regular

Os alunos autistas precisam primeiro de um acompanhamento profissional, que os ajudem a desenvolver diferentes habilidades fora da escola. Conversar com os pais é fundamental para conhecê-lo melhor e entender o trabalho que já está em andamento. 

É importante que a escola inclua o aluno, como o faz com qualquer outra criança, pois todas têm suas características únicas que devem ser respeitadas no processo de ensino-aprendizagem.

 

O autismo em sala de aula

 

As crianças com autismo precisam de ambientes simples, rotina e estratégias específicas de aprendizagem e convívio social. Além disso, muitos são altamente visuais e exigem que as instruções sejam dadas dessa maneira.

Sem apoios individualizados no ambiente escolar, é improvável que um aluno com autismo faça o progresso acadêmico e social que deveria. O professor, deve considerar esses fatos ao organizar o dia a dia e a forma como irá ensinar o conteúdo, usando diferentes métodos.

Na maioria das vezes, o ensinamento verbal é difícil de ser entendido pelas crianças com autismo, por isso, usar elementos visuais e concretos para dar instruções e ensinar os conteúdos, facilita a compreensão.

Da mesma forma, muitas crianças com autismo são sensíveis a ambientes ruidosos. Cuidar desses aspectos ajuda a criança se sentir confortável e segura no ambiente escolar. Toda atividade em grupo também é fundamental para aproximar a criança com autismo de seus colegas.

 

Desafios do autismo em escolas regulares

Hoje em dia, o autismo na escola é um assunto muito discutido e com diversas pesquisas que ajudam os educadores a enfrentar os desafios. Uma parcela de alunos ainda podem ter dificuldades de aprendizado relacionado ou outros transtornos, como o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Crianças com autismo precisam da rotina para ajudá-las a entender melhor o mundo ao seu redor. Além disso, precisam ter mais tempo para processar as informações e os relacionamentos sociais. A comunicação é um desafio para eles. 

Entretanto, como toda criança, querem se relacionar e fazer amigos. Por isso, os educadores precisam criar estratégias de socialização para ajudar na inclusão de toda a turma. 

O comportamento de algumas crianças com autismo pode ser um desafio na escola, como uma crise de ansiedade, frustração ou hipersensibilidade. Tendo isso em mente, é importante perceber o que pode estar desencadeando esse comportamento para buscar estratégias para tentar reduzi-lo e/ou lidar com ele.

O educador pode fazer isso, observando quando esses comportamentos ocorrem, quando começam. O dialogo com o aluno e com os pais ajuda a revelar as melhores ferramentas dentro da sala de aula. 


Como trabalhar o autismo em sala de aula

Cada aluno é único e o planejamento pedagógico deve levar em consideração as características e necessidades de cada criança. Entretanto, algumas dicas gerais, podem servir de guia para encontrar as melhores estratégias em sala de aula.

  1. Simplifique a comunicação e dê tempo para que eles processem informações.
  2. Tenha um local seguro e tranquilo para quando sentirem ansiedade ou sobrecarga por estímulos sensoriais. 
  3. Prepare a criança com autismo para qualquer alteração na rotina.
  4. Deixe o aluno a vontade para poder sair de sala caso se sinta ansioso.
  5. Use suportes visuais para ajudá-los a entender melhor a rotina e o dia escolar.
  6. Crie uma rotina com a participação de todos os alunos.
  7. Use uma escala de estresse para transformar emoções em conceitos mais concretos. 
  8. Pense em como você pode tornar o ambiente mais confortável, sem muitos ruídos.
  9. Incorpore o interesse da criança com autismo nas atividades. 
  10. Introduza atividades que trabalhem as habilidades sociais, como rodas de conversa. 
  11. Estabeleça uma boa comunicação com os pais / responsáveis. 

Essas simples, porém eficientes atitudes, podem ajudar os alunos com autismo a se sentirem seguros e confortáveis na escola. Entretanto, é importante relembrar que cada criança é um indivíduo e a estratégia que funciona para uma criança autista pode talvez não funcionar para outra. 

O mais importante é o desejo de incluir essa criança e descobrir, com ela, com a família e profissionais, as melhores estratégias de ensino. 

Agora que você já sabe os fundamentos básico para se trabalhar com alunos autistas em escolas regulares, você deve tomar duas atitudes para dar um passo além e começar a praticar com maestria o ensino-aprendizagem deles.

A primeira é compartilhar esse artigo com o máximo colegas de trabalho para que mais profissionais tomam consciência da realidade do autismo dentro da sala de aula.

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Referências

AUTISMO e Síndrome de Asperger. Disponível em: acesso em 24 junho 2013.

ARAÚJO, Márcia. Brincando com a criança autista na sala de aula. Disponível em: http/piumhi.apaebrasil.or.br/noticia.phtml/49275> Acesso em: 18 janeiro 2014.

DEFICIÊNCIA mental. Disponível em: Acesso em: 21 dezembro 2013.

GAUDERER, E.C. Autismo e outros atrasos do desenvolvimento: guia prático para pais e profissionais. Rio de Janeiro: Revinter, 1997.

NASCIMENTO, L.M. Educação Especial. Centro Universitário Leonardo da Vinci. Indaial: Asselvi, 2007.

SASSAKI, R.K. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. 3. ed. Rio de Janeiro: WVA, 1999.

SILVA, Taís da. Atividades lúdicas. Disponível em: Acesso em: 18 janeiro 2014.

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