Artigo feito por nosso aluno:
José Gilmar Alexandre da Silva
Email: profalexandre36@gmail.com
As mudanças que ocorrem constantemente no cenário educacional, trazem consigo um desafio para o ensino dentro da sala de aula, fazendo com que o docente reveja suas práticas pedagógicas, visto essa necessidade e buscando assim novos recursos pedagógicos para desenvolver a leitura e a escrita de gêneros textuais de relevância social para atender as necessidades dos discentes. O trabalho em questão objetiva, portanto, demonstrar e reconhecer a relevância dos textos digitais e o uso das TICs facilitando o desenvolvimento do aprendizado dos alunos em tempos cada vez mais modernos e onde o uso das novas tecnologias digitais se faze cada vez mais presentes no cenário educacional, possibilitando ao professor um novo modelo de buscar e repassar conhecimentos.
Palavras chave: Hipertextos; Língua Portuguesa; Metodologias e TICs.
ABSTRACT
The changes that constantly occur in the educational scenario, bring with it a challenge for teaching within the classroom, making the teacher review his pedagogical practices, in view of this need and thus seeking new pedagogical resources to develop reading and writing genres texts of social relevance to meet the needs of students. The work in question therefore aims to demonstrate and recognize the relevance of digital texts and the use of ICTs facilitating the development of student learning in increasingly modern
1 José Gilmar Alexandre da Silva – Professor de Língua Portuguesa, Literatura, Produção Textual e Leitura, SEDUC – MA, Professor Substituto do curso de Pedagogia, área de Letras, Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, campus Barra do Corda – MA. Graduado em Letras Língua Portuguesa Literaturas de Língua Portuguesa – Universidade Estadual do Maranhão – UEMA; Especialista em Literatura Brasileira – Faculdade de Tecnologia e Ciência do Alto Paranaíba – FATAP; Especialista em Linguística Aplicada – Faculdade dos Vales Elvira Dayrell – FAVED; Especialista em Educação especial e Inclusiva – Faculdade São Marcos – FSM; Especialista em Gestão e Coordenação Pedagógica – Faculdade Serra Geral – FSG. Especializando em Literatura Africana, Indígena e Latina – Faculdade Serra Geral – FSG
times and where the use of new digital technologies is increasingly present in the scenario educational, enabling the teacher a new model to seek and pass on knowledge.
Keywords: Hypertexts; Portuguese language; Methodologies and ICTs.
1
José Gilmar Alexandre da Silva – Professor de Língua Portuguesa, Literatura, Produção Textual e Leitura,
SEDUC – MA, Professor Substituto do curso de Pedagogia, área de Letras, Universidade Estadual do Maranhão –
UEMA, campus Barra do Corda – MA. Graduado em Letras Língua Portuguesa Literaturas de Língua Portuguesa –
Universidade Estadual do Maranhão – UEMA; Especialista em Literatura Brasileira – Faculdade de Tecnologia e
Ciência do Alto Paranaíba – FATAP; Especialista em Linguística Aplicada – Faculdade dos Vales Elvira Dayrell –
FAVED; Especialista em Educação especial e Inclusiva – Faculdade São Marcos – FSM; Especialista em Gestão e
Coordenação Pedagógica – Faculdade Serra Geral – FSG. Especializando em Literatura Africana, Indígena e Latina –
Faculdade Serra Geral – FSG
As novas tecnologias cada vez mais presentes lançam na sociedade em todas as esferas, um desafio único, fazer uso desses recursos e consequentemente estar por dentro da modernidade que a muito tempo vem tomando conta dos mais diversos ambientes, tornando e criando um mundo globalizado em que o conhecimento pode ser acompanhado e adquirido em questão de cliques e navegações pelas mais diversas possibilidades que os avanços tecnológicos permitiram, permitem e eventualmente ou com certeza permitirão ao longo do tempo ser explorado por meio de suas novidades tecnológicas.
As TICs, tecnologias da informação e comunicação veem ganhando espaço cada vez maior dentro das mais diferentes situações em que acontece o processo de socialização e comunicação da humanidade, pensar num mundo hoje sem esses avanços tecnológicos, sem essas possibilidades de encarar de frente diferentes aparelhos digitais, pode se dizer que é algo praticamente impossível, pois o ser humano nesse novo século, nessa nova sociedade vigente recorre a esses meios para tornar mais prático determinadas ações no seu dia a dia.
Partindo dessa realidade, desse contexto, da necessidade que hoje a humanidade tem dos meios tecnológicos, pergunta-se, e no meio educativo, em salas de aula, como recorrer às TICs para auxiliar no desenvolvimento de atividades que visem a produtividade dos discentes? E se realmente é viável nesse contexto trazer para as escolas esses recursos que já dominam a sociedade no campo externo às quatro paredes de uma sala de aula?
Nesse sentido as tecnologias modernas viriam ajudar ou desconstruir valores, tradições já construídas pela escola ao longo dos anos? Como conciliar as práticas docentes ao mundo das tecnologias, trazendo de fato, conhecimento e somando para o desempenho do aluna do em sala de aula? As tecnologias modernas entrariam nesse contexto, como uma prática a mais, uma metodologia, diga-se inovadora, visto muitos ambientes escolares ainda não disponibilizarem para seus discentes, experiências nesse alcance inovador.
As TICs, portanto, revolucionariam a forma de absorver conhecimento, tanto de discentes quanto dos docentes, uma vez que, para repassar de forma digna e gratificante essa ideia, os mesmos mergulhariam nesse mundo para então compartilhar e juntos com o corpo discente descobrir e encontrar habilidades novas nessas propostas que viriam para contrastar com o tradicional, ainda muito presente e frequente em salas de aulas.
O ensino de língua portuguesa nas escolas faz-se ainda de forma muito tradicional, de modo que os alunos possam não sentir prazer em mergulhar nessas propostas, refazer o estilo metodológico do ensino da língua materna apresentando recursos que ultrapassem as barreiras do ensino tradicional, um ensino que ligue as reais necessidades dessa nova realidade ao que eles podem observar no seu dia a dia tornando esse momento de aprendizado de fato um momento de aprender de forma, talvez lúdica e menos burocrática.
Ler, analisar e discutir textos previamente separados ou sugeridos pelos próprios discentes, poderia fazer parte dessa nova proposta com as TICs, uma vez que o objetivo maior é inserir os mesmos nessa possiblidade de leitura, cada vez mais recorrente pela sociedade moderna na qual estamos inseridos, viajar pelo mundo da era digital, nesse caso seria bem mais que proporcionar uma aula, mas sobretudo, despertar o senso crítico dos discentes a cerca das mensagens, implícitas e possivelmente explicitas nas entrelinhas dos textos digitais.
As novas tecnologias aplicadas ao novo cenário virtual apontam no campo da leitura, por meio de blogs das mais diversas características e páginas pessoais, por exemplo, que vieram para revolucionar a realidade desse novo século em que as pessoas, especialmente o público mais jovem vive antenado nessas possibilidades por vezes cômodas a determinadas situações, as tecnologias modernas e seus aparelhos vieram e estão presentes para auxiliar de forma criativa, desafiadora, o profissional que busca diferenciar suas práticas diárias, e se adequar a essa realidade e não ficar para trás, preso num cenário estático, sem possibilidades de recorrer juntamente com aquilo que seus alunos têm a frente que são as novidades e a modernidade presentes nos ambientes familiares, nas escolas, e nos mais diversos campos de socialização no qual a sociedade estar inserida.
Vive-se hoje na sociedade uma realidade diferente de outras que antecederam esse século e até mesmo nesse século, vivemos um espaço, num tempo em que a população vivencia avanços em vários sentidos, a ciência a todo instante aparece com novidades que visam melhorar a qualidade de vida e a relação entre as sociedades, falaremos aqui, por exemplo, das novas tecnologias da informação e restringiremos seu uso como proposta no desenvolvimento do aprendizado dos alunos na disciplina de língua portuguesa em salas de aula, especificamente nas turmas de ensino médio.
O que antes não se presenciava em salas aula hoje torna-se fundamental no auxílio das práticas pedagógicas pelos professores que visam diferenciar suas metodologias e se engajar nesse novo contexto cujo muitos profissionais ainda se assustam, o mundo das tecnologias e seu uso nas salas de aula, talvez por insegurança ou falta de contato com essas modernidades da atualidade o professor ainda traga consigo esse medo, ou essa incerteza, essas dúvidas na hora de usar ou não, por exemplo, o laboratório de informática de sua escola.
Contudo, o novo contexto exige isso dos profissionais, e consequentemente da escola, Silva apud Almeida e Moran, explicam que:
Se a escola não inclui a Internet na educação das novas gerações, ela está na contramão da história, alheia ao espírito do tempo e, criminosamente, produzindo exclusão social ou exclusão da cibercultura. Quando o professor convida o aprendiz a um site, ele não apenas lança mão da nova mídia para potencializar a aprendizagem de um conteúdo curricular, mas contribui pedagogicamente para a inclusão desse aprendiz na cibercultura. (Integração das Tecnologias na Educação/ Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2005, p. 63)
Levando em consideração as palavras de Silva, a escola passa a ter então um papel social de possibilitar ao discente o contato com esse novo modelo de aprendizagem que cada vez mais ganha espaço na realidade do novo século, e se não possibilita a escola, esse desafio ao aluno, ela estar excluindo os mesmos socialmente e ainda excluindo a cibercultura de desempenhar seu papel enquanto colabora do docente dentro desse novo cenário educacional.
Almeida fala dos desafios a serem encarados pelos profissionais e reflete a cerca da incorporação das TICs na escola, bem como suas vantagens para docentes e discentes, a autora cita que:
Para incorporar a TIC na escola, é preciso ousar, vencer desafios, articular saberes, tecer continuamente a rede, criando e desatando novos nós conceituais que se inter-relacionam com a integração de diferentes tecnologias, com a linguagem hipermídia, as teorias educacionais, a aprendizagem do aluno, a prática do educador e a construção da mudança em sua prática, na escola e na sociedade. Essa mudança torna-se possível ao propiciar ao educador o domínio da TIC e o uso desta para inserir-se no contexto e no mundo, representar, interagir, refletir, compreender e atuar na melhoria de processos e produções, transformando-se e transformando-os. (Integração das Tecnologias na Educação/ Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2005; P. 73)
Desafios é uma palavra propícia e que se encaixa bem nesse contexto referente ao uso das tecnologias da informação e comunicação, pois o professor, dependendo também da realidade de seu estabelecimento educacional irá enfrentar sérios desafios na estrada, a caminhada para conciliar na prática essas novas tendências talvez possa ser difícil, levando em consideração vários aspectos que possam dificultar essa inserção.
As dificuldades para essa concretização partiriam, talvez, da precariedade de ter à disposição tais recursos para implementar essa novidade em suas práticas diárias, ou ainda poderia o docente não estar a par das diversas possibilidades que esses recursos poderiam lhe oferecer, seja por não saber manusear tais tecnologias ou por incertezas diante do novo, porém, como citou a autora é preciso ousar, ir contra os desafios, fazer articulações de saberes.
Ainda de acordo com a autora, na citação acima descrita, no que diz respeito a essa questão do uso de tecnologias nas escolas, é fundamental que não somente o corpo discente tenha esse contato com as TICs, mas antes também proporcionar esse conhecimento de domínio das TICs ao educador, e a partir daí o mesmo poderá então interagir com o meio, construindo-se um novo cidadão conhecedor de novas práticas e transformador de realidades.
É preciso ter conhecimento daquilo que se apresenta, partindo da observação de Bianconcini, portanto, nesse cenário, há um ciclo de aprendizagem e de conhecimentos antes adquiridos pelo docente e posteriormente transmitidos pelo mesmo ao público discente, nesse ciclo de aprendizagens rompem-se ai os paradigmas das incertezas, dos medos do novo, uma vez conhecedor dos benefícios que as TICs podem trazer para suas práticas educacionais, o docente passará então a enxergar o leque de possibilidades que as novas tecnologias trazem consigo.
Pensar nas tecnologias como meio de enriquecimento em suas práticas diárias é também possibilitar um passeio nesse cenário no qual o discente e boa parte da sociedade vive mergulhada, o mundo das tecnologias, buscar conhecimentos de jargões, de nomes comuns e utilizados nesse meio é fundamental, portanto, para que isso aconteça se faz necessário estar cotidianamente inserido e envolvido nesse novo ciclo de comunicação que se faz presente nos mais diversos contextos dos indivíduos.
É imprescindível que o profissional da educação uma vez de frente com esse novo cenário busque cada vez mais se aperfeiçoar e estar por dentro dessas novidades, desses avanços que podem influenciar diretamente em sua metodologia, não é que de repente as TICs enquanto ferramentas de auxilio educacional vão se sobrepor às metodologias do professor, pelo contrário, ao fazer uso desses meios o profissional passaria a conhecer as variedades de formas existentes para desenvolver o aprendizado de seus discentes.
Rapaport, acerca das várias possibilidades de aprendizagem comenta que:
Apesar de concordar que ler o texto de um livro é muito diferente de memorizar uma aula discursiva, uma palestra ou ainda, que estudar um livro de 200 páginas sobre natação e suas técnicas é muito diferente de entrar num rio, num mar ou piscina[…]nos dois casos ambas as atividades são duas formas diferentes (podendo, porém, ser complementares) de adquirir conhecimentos[…] construímos nosso conhecimento pela obtenção, verificação e reafirmação (ou não) de um dado evento por uma variedade de formas. (2008, p.127)
Ainda dentro desse novo cenário das tecnologias da informação, o professor, bem como o aluno, podem se deparar com termos diferentes da sua língua materna, o inglês, por exemplo, e pode ficar, portanto, a dúvida, o que fazer quando nesses casos o profissional da educação ou mesmo o discente não possuírem conhecimentos dessa língua em questão? A solução nesses casos seria de uma vez por todas esquecer o auxílio das TICs em sala de aula, visto que em muitos casos o corpo discente e consequentemente alguns docentes não possuem o domínio de uma segunda língua, nesse caso, a inglesa?
Além das novas técnicas, também surgiram novos termos – essencialmente em inglês, por ser esse o idioma de origem de muitos equipamentos e processos – e, sem dúvida, novos desafios. Segundo Marco Silva, sociólogo, doutor em educação[…], independente do nome que se dê à era em que estamos inseridos – era digital, cibercultura, sociedade de informação ou sociedade em rede -, o fato é que em nosso tempo a interatividade é um desafio não só para os gestores da velha mídia, mas para todos os agentes do processo de comunicação. ( Rapaport ,2008, p.127)
Silva apud Rapaport (2008) nos reforça outra vez a questão do desafio e aponta ser essa uma batalha não apenas para gestores que trazem consigo ainda resquícios de metodologias tradicionais, mas também um desafio para todos que estão envolvidos nesse processo de comunicação, o novo e o velho frente a frente, traçando juntos novos caminhos com objetivos comuns, proporcionar educação de qualidade e gerar conhecimentos imprescindíveis, fazendo uso de recursos que estão ao alcance de todos, seja na escola, em casa, ou no trabalho e que vieram para complementar o que antes já contribuía para as atividades educativas.
Comunicação e tecnologias, duas ferramentas que caminham juntas, que contribuíram e contribuem para a construção do mundo globalizado, partindo então desse pressuposto de comunicação e tecnologias, o que afinal de contas liga um termo a outro? Levando em consideração as palavras de Rapaport (2008, p.106), comunicação é uma “palavra derivada do latim que se refere a qualquer coisa que transmita informação de uma fonte a um receptor.” A cerca do histórico, comunicação e tecnologia a autora comenta:
Historicamente, a comunicação era estudada na antiga Grécia sob a forma de poesia e retórica – a arte de discursar e persuadir – até o início do século XX, quando passou a ser vista como parte de disciplinas acadêmicas e de um processo natural e hereditário. No final daquele século, os avanços tecnológicos, que permitiram o surgimento de meios de comunicação em massa como o telégrafo e o telefone, estimularam o interesse pela comunicação, fazendo, assim, com que ela passasse a ser considerada um campo acadêmico por si. (Rapaport, 2008, p.106)
Dentro dessa perspectiva a comunicação caminha ao lado da tecnologia, porém, já existia desde antes, em salas de aula, representada ai pela figura do docente que fazia uso de seus conhecimentos para então repassar aos demais, ou seja, aos seus alunos, percebe-se aqui ainda uma educação mais tradicional, que foge ao uso das tecnologias modernas, porém na figura do professor há comunicação e transmissão de saber, que acontece por meio da oralidade.
Futuramente esse espaço no qual contava apenas com a presença do professor, tutor, e a transmissão de saberes por meio da oralidade, ganharia um cenário diferente, com o desenvolvimento de certas tecnologias que viriam a somar na construção do aprendizado do alunado, foram meios que trouxeram mudanças nesse contexto até então tradicional na forma de ensinar, os espaços de ensino e aprendizagem, especificamente no ensino de línguas, agora contariam com novos recursos que viriam para aprimorar e enriquecer as técnicas desses docentes.
Posteriormente, com o desenvolvimento de tecnologias que permitem acúmulos, retenção, perpetuação e reprodução de informações, […] outros meios passaram a ser aplicados no ensino e especificamente no nosso caso, ao ensino e ao aprendizado de línguas. São eles: lousa, desenhos, diagramas, filipetas (tiras de papel), material impresso (folhas mimeografadas, folhetos, livretos, livros, revistas), imagens (fotos, gravuras, slides, retroprojeções), gravações em áudio, gravações em vídeo, filmes, televisão, laboratórios de línguas, programas em CD-ROM, computador, internet, CDs, DVDs, a comunicação digital (MSN, Skype, VoIP, IPod, MP3, e MP4) e ensino a distância ( desde a época do material enviado por correio, cursos técnicos do Instituto Universal – desde 1941-, até as transmissões via satélite). ( RAPAPORT ,2008, p.107)
Como exemplo desses meios inovadores que traz a tecnologia hoje para as escolas e que são utilizados com mais frequências em muitas escolas nos mais diferentes locais podemos citar, por exemplo, o data show, que com o auxilio do computador nos permite não apenas acompanhar leituras textuais escritas, mas as interpretações de ideias por meio de imagens expostas.
Os computadores por sua vez podem ou não exclusivamente ser usados nos laboratórios, a exemplo, como citado acima, com o uso dos mesmos o docente tem à sua disposição a internet, um meio que auxilia as metodologias do professor à medida que esse adequa essa possibilidade às suas necessidades dentro de um dado contexto em sala de aula.
Levy (1993) apud Freitas, (2006), acerca do primeiro computador informa que, “[…] O primeiro computador, o Eniac dos anos 1940, pesava várias toneladas e ocupava todo um andar de um prédio.” Do Eniac, aos computadores portáteis foram muitas as invenções que vieram contribuir para o avanço das tecnologias na sociedade, avanços que em determinadas épocas causaram admiração, porém com o tempo tornam- se obsoletos e dão espaços a novos modelos que se configuram em cada fase da história. De acordo com Freitas, “o poder de armazenamento e processamento e a velocidade dos HD vão aumentando assustadoramente, e fica difícil acompanhar essas mudanças” (2006, p. 15).
Seguido do Eniac, no contexto histórico surgiram as telas, e logo as sociedades contemporâneas seriam presenteadas com os computadores pessoais, que nessa fase da história fariam e fizeram da informática, um meio de comunicação, criação, etc. Diante do novo surgem porém as dúvidas e o medo, como Platão a respeito do surgimento da escrita numa sociedade em que a oralidade era vigente. Freitas a cerca da nova tecnologia que foi a escrita nos tempos do referido filósofo comenta:
Talvez tenha sido também assim com a escrita nas sociedades de oralidade primária. Daí podemos compreender o receio de Platão diante da escrita como uma tecnologia que viria diminuir a capacidade de memória presente na oralidade. ( 2006, p. 12).
Pais e possivelmente professores tendem a desconfiar e muitas das vezes ter receios de que tanta inovação possa prejudicar seus filhos e alunos, que os ciberespaços possam tirar do indivíduo suas capacidades de raciocínio, e ou concentração, Freitas (2006), sobre os avanços das tecnologias midiáticas comenta que:
Diante do novo que nos circunda e se projeta num futuro cada vez mais rápido e mais próximo, precisamos adotar uma perspectiva aberta e positiva. Não se trata de uma postura ingênua e acrítica de passivos consumidores,
mas frente aos atuais computadores, processadores de textos e canais eletrônicos de comunicação, como a internet, precisamos nos colocar numa atitude de busca de conhecimento que leva à compreensão de suas possibilidades. (p. 16).
“O uso da tecnologia no ensino não faz sentido se for apenas porque achamos que é “legal” (PALFREY e GASSER, 2011, p. 276). Faz-se necessário traçar metas, objetivos nos quais os recursos tecnológicos serviriam como auxiliares e consequentemente ajudariam no processo de desenvolvimento do aprendizado do corpo discente, partindo desse pressuposto subentende-se que não é apenas usar por usar esses recursos, mas dar sentido a esses meios que podem e contribuem possivelmente com o aprendizado do aluno.
A respeito do incentivo tecnológico na educação a LDBN, artigo, 36 orienta que as escolas devem também incluir no aprendizado dos discentes esses domínios no que diz respeito a: “I – domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna; LDBN, (cap. 36).” Percebe-se nas entrelinhas da lei que trata-se, porém de um direito do discente e a escola por sua vez dentro de suas possibilidades não poderia negar essa garantia aos seus alunos.
Diante dessa informação fica os questionários em relação às metodologias utilizadas para esses fins e se de fato são usadas. Pode-se até ir mais longe no tempo e buscar, estudar ou conhecer quais recursos deram esse pontapé inicial no uso das TICs.
Tomemos como exemplo o cinema, que surgiu no final do século XIX, diante do contexto dos avanços na ciência e de aperfeiçoamento das técnicas de projeções de imagens desenvolvidas por muitos estudiosos que demonstravam interesse na área e que viam possibilidades nesse novo recurso surgido na sociedade.
Entretanto, apesar de não terem desenvolvido técnicas aperfeiçoadas para a movimentação de imagens nas telas, são os irmãos, Auguste Lumièri e Louis Lumièri, considerados inventores do cinema. “As primeiras cenas filmadas e exibidas publicamente por esses franceses em 1895, no Grand Café, em Paris, são consideradas o marco inicial da história cinematográfica” conforme Mocellim (2009, p. 9).
Inicialmente, no século XX, houve repúdio por parte da sociedade considerada intelectualizada, tanto as europeias, quanto as norte americanas, visto como uma diversão popular, o cinema nesse contexto não conquistou o interesse dessa parte da sociedade, pois não trazia consigo, aos olhos daquela sociedade características que lhes coubesse perante suas posições dentro da sociedade. “Paulatinamente, as possibilidades didáticas do cinema foram sendo reconhecidas e expandidas. Na década de 1920, Abel Gance […] notou no cinema amplas possibilidades para o ensino de História” Mocellim, (2009, p. 10.)
Em territórios brasileiro, no movimento conhecido como Escola progressista ou ainda escola nova, viram no cinema uma grande possibilidade didática e consequentemente um meio para interpor a educação tradicional na qual a figura do professor enquanto transmissor de conhecimento era marcante.
O cinema viria então como suporte no auxílio para novas práticas dentro do contexto educacional. Contudo, Mocellim, (2009, p. 10), destaca que: “apesar das tentativas dos intelectuais da Escola Nova de aproximar a escola e os meios de comunicação, o uso de imagens cinematográficas nunca foi implementado como prática didática regular”. A cerca do cinema enquanto recurso auxiliar na educação o autor explica:
Ainda que o cinema não seja uma tecnologia nova, a escola o descobriu tardiamente. É relativamente recente, também, a preocupação sobre a não utilização ou a má utilização do cinema como ferramenta didática – preocupação refletida em obras que foram surgindo a partir da década de 1990 e que apontam caminhos metodológicos possíveis para os professores. Longe de tratar o cinema apenas como mais um recurso didático-pedagógico, entretanto, a escola precisa assimilar a ideia de que a educação e o cinema são formas similares de socialização: há um paralelo entre as relações construídas por alunos e professores e as relações construídas entre espectadores e filmes. (MOCELLIM, 2009, p. 10 e 11.)
Nos Estados Unidos, até 1905 o contexto educacional já contava com suportes como: “pôsteres, fotografias, slides à base de lanterna e mapas” Rapaport, 2008, p. 107. O filme, também foi utilizado nessa mesma época, porém, segundo Rapaport, os mesmos tinham cunho teatral, industrial ou era do governo.
Também nos Estados Unidos, de acordo com Rapaport, (2008), o rádio, entre os anos de 1925 e 1935 se desenvolveu passando a ser também utilizado como um recurso midiático. Contudo, no final da década de 1930 ainda segundo a mesma, o uso do rádio enquanto “auxiliar educacional começou a declinar”, conclui a autora a cerca do uso do rádio no que diz respeito a informação educacional ou instrucional no Brasil, e informa que, “No Brasil, entretanto, ainda hoje o rádio é o único meio de fazer a informação (educacional ou instrucional) chegar aos mais longínquos pontos).
Dentro do contexto da segunda guerra mundial (1939 a 1945) a educação sofre um desfalque no tangente aos equipamentos utilizados como recursos pedagógicos, contudo nesse cenário surgem também novidades que viriam para inovar o futuro do contexto educacional, a exemplo, os projetores de filmes, a primeira empresa a produzir retroprojetores, que tinha por nome, Viewgraph, a mesma com auxílio da marinha estadunidense teve suas tecnologias desenvolvidas e aprimoradas. “Ainda hoje, em todas as partes do mundo, o retroprojetor é um recurso visual amplamente utilizado”, Rapaport, (2008, p. 109).
Sobre os recursos audiovisuais, no período pós-guerra, Reiser, apud Rapaport, relata: “as práticas educacionais não foram intensamente afetadas por estes programas de pesquisas porque muitos tutores e professores as desconheciam ou as ignoravam” (2008, p. 109).
Nesse contexto percebe-se, portanto, a presença dos recursos modernos para a época, porém, a possível falta de conhecimento acerca dos mesmos levavam os docentes ao não uso desses recursos em suas práticas diárias. As inseguranças e incertezas acerca do novo no meio educacional, percebe-se, causar uma certa recusa dos profissionais, visto ser algo que os mesmos terão que se reinventar e reciclar conhecimentos para então ter domínio de algo que se faz presente naquele dado contexto, nesse caso, um contexto ainda muito tradicional ao que se refere o campo educacional nas escolas.
Acerca dos recursos midiáticos e da informação na década de 1950, Reiser apud Rapaport relata:
A televisão instrucional experimentou um grande crescimento na década 1950. Em 1952, a Comissão Federal de Comunicação dos Estados Unidos estabeleceu 242 canais de televisão exclusivamente para propósitos educacionais e pôde contar com fundos expressivos cedidos pela Fundação Ford. Os programas eram oferecidos em canais abertos e fechados, sempre com grande amplitude de interesse educacional e cultural. (2008, p. 109)
Nessa mesma época, no ano de 1952 no Brasil, também surgiram programas educativos, os quais pode-se citar, baseado na obra de Monteiro Lobato, o Sitio do pica- pau amarelo, transmitido por várias emissoras de televisão, a saber, TV Tupi, Cultura, Bandeirantes e por fim pela TV Globo. O programa em questão passa por adaptações, e se expande além do Brasil. “ Em março de 1977 passou a ser transmitido e divulgado internacionalmente pela rede Globo”. Além do Sítio do pica-pau amarelo entre os programas educacionais disponíveis na televisão nos anos de 1950 a 1977, pode-se citar outros como:
Topo Gigio (boneco criado em 1958 pela italiana Maria Perego e exibido pela primeira vez na televisão brasileira em 1969 pela rede Globo, e depois em 1973, pela TV Bandeirantes), Vila Sésamo (baseado no programa americano Sesame street, criado pela Children’s Television Worshop, exibido pela primeira vez pela parceria entre a Rede Globo e a TV Cultura em 1974) e mais recentemente, o Telecurso 2000 (sistema de educação via televisão criado em 1977 sob o nome de Telecurso 1º Grau e Telecurso 2º Grau, pelo jornalista Roberto Marinho), entre outros. (RAPAPORT, 2008, p. 110)
Nota-se um jeito novo de proporcionar conhecimento ao indivíduo, ao fugir do ambiente referencial, sala de aula tradicional, e dar-se à educação um novo modelo de aprendizado, baseado no uso dos recursos tecnológicos disponíveis e que são novidades naquele contexto da história na educação, programas televisivos ganham espaço e quebram paradigmas num cenário educativo ainda muito ligado ao modo tradicional de transmitir conhecimento.
A mídia, então, passa a ter lugar de destaque e tem um papel social educativo através de suas propostas em programas com esse fim, o cenário fixo de aulas apenas expostas e com uso somente de livros didáticos, ganha um auxilio e é enriquecido por meio de tais programas, do texto impresso em páginas, às imagens televisas, o cenário educacional dar um gigantesco salto para as grandes conquistas no campo educacional que as tecnologias ainda viriam ocupar, da televisão aos computadores e desses aos celulares, novos contextos surgiriam e revolucionariam a busca de conhecimento e a interação entre indivíduos nos mais distantes locais.
No século atual, dos nativos digitais, em todos os ambientes por onde passamos, percebemos o uso de alguma forma de um meio tecnológico inovador, seja em casa, em uma simples reunião com amigos, no trabalho ou na escola, o uso de tecnologias é marcante, e consequentemente facilita esse processo de socialização da humanidade nesse novo século em que a tecnologia alcançou os mais longínquos lugares, e se faz presente no contexto diário do ser humano em suas mais diversas possibilidades, seja por meio televisivos, rádios ou através de tecnologias mais modernas tais como, computadores, portáteis ou não e o celular que também lhes dar acesso e lhes conecta com o mundo ao seu redor, mesmo distante.
Nunca em outros séculos e noutros contextos anteriores a esse a informação circulou de forma tão rápida e dinâmica como agora nessa fase onde a internet praticamente tomou conta da sociedade, comparando realidades anteriores ao que vivemos hoje no âmbito dos avanços tecnológicos percebemos o quanto a sociedade progrediu, da era dos telegramas à era da informática, foi um salto de consideráveis descobertas e aperfeiçoamentos no âmbito da informação e comunicação.
O fenômeno da globalização com o tempo possibilitou a quebra de barreiras entre pessoas que, por exemplo, vivem em lugares distantes seja num mesmo país ou fora desse, e proporcionou à sociedade de modo geral uma interatividade que marcou e marca essa geração que vive e presencia evoluções nesse contexto do avanço das tecnologias.
Não poderia ser diferente no contexto educacional, os jovens, adultos e as crianças, nascidos e crescidos nessa era digital, praticamente vivem imersos no mundo das tecnologias, em vários aspectos, seja pesquisando algo num site qualquer, buscando informações em blogs ou numa dada página de seu interesse, vivem sempre antenados às vantagens e as facilidades que os meios tecnológicos lhes oferecem.
Ignorar esse fato e não usa-lo a seu favor, seria, portanto, desperdício, visto que sendo a escola um espaço de interação deveria essa dentro de suas possibilidades também recorrer a esses recursos já utilizados pelos discentes e transformar o que já é rotina em caminho para o conhecimento e desenvolvimento de novas habilidades dentro de suas propostas pedagógicas.
Mikhail Bakhtin (1997:279) apud Xavier e Santos, afirmam que a língua se relaciona às mais diferentes esferas da vida humana nas mais variadas situações de uso.
Nesse contexto, expomos aqui o questionamento dos autores acima citados, em relação a essa nova modalidade de escrita e leitura que surgiu nos últimos tempos, “Seria o Hipertexto um Gênero Terciário do Discurso?” (2001).
Por serem naturalmente heterogêneos e perpassarem a riqueza das atividades humanas, é difícil demarcar com precisão os traços comuns a todos os gêneros. Para Bakhtin, à medida que as esferas da vida se desenvolvem e se complexificam, os gêneros também sofrem modificações. (XAVIER & SANTOS, 2001; p. 5,)
Sobre os gêneros do discurso, Bakhtin apud Xavier e Santos, os distinguem em dois modelos, os quais, “primário e secundário”, considerando-se por tanto esse primeiro como gênero simples pelo que justifica os autores fazendo uso da tese Bakhtiniana, constituídos “em circunstâncias de comunicação verbal espontânea ou em situação imediata com a realidade existente e com a realidade dos enunciados alheios”, já o segundo de acordo com os autores citando Bakhtin, “aparecem em circunstâncias de uma comunicação cultural, mais complexa e relativamente mais evoluída.” (p. 53).
Essa modalidade textual que são os hipertextos pouco a pouco tomaram conta de espaços cada vez mais significativos para a sociedade moderna, ler noticiários na internet, pesquisar uma receita qualquer, acompanhar páginas de amigos ou de um ídolo pop, ver séries, filmes e outras variadas possibilidades que a internet possibilita, seja apenas por meio de textos escritos ou mensagens audio visualizadas, é a hipermídia hoje uma companheira nos lares e nos mais diversos locais aonde já chegou a inovação tecnológica.
No contexto escolar os textos eletrônicos trazem consigo uma forma diferenciada de comunicação, um jeito único de repassar determinada mensagem fazendo uso de técnicas, sons que não se restringem apenas aos da fala em si, a semiótica dos textos digitais, ou eletrônicos, reproduzem características que perpassam as barreiras da fala propriamente dita. O que dizem os estudiosos acerca dessas primícias?
Sabe-se que, do ponto de vista físico, a escrita diferencia-se da fala por ser aquela de natureza essencialmente visual, enquanto esta basicamente auditiva. Sendo de natureza híbrida, isto é, capaz de mesclar elementos da oralidade com os da escrita, o texto eletrônico permite também que outras
formas semióticas lhe sejam adicionadas tais como as imagens animadas e efeitos sonoros outros e não apenas os da voz humana. (XAVIER & SANTOS, 2001; p. 55,)
São inúmeros os recursos linguísticos que os hipertextos, dentro das mais variadas possibilidades ciber-espaciais, podem proporcionar ao leitor que se deleita em suas diversificadas facetas de leitura e interpretação de imagens e mensagens, o uso dos mesmos no ensino de língua portuguesa traria, portanto, possivelmente para os alunos esse vasto campo de mensagens que os ciberespaços lhes possibilitam, os entrelaçaria nesse mundo hipertextual de forma a possibilitar o envolvimento direto e significativo na troca de informações e conhecimentos necessários aos discentes.
Mas afinal de contas o que seria um hipertexto? Filho (1994), afirma ser simples a conceituação do que se trata o termo hipertexto, o mesmo o conceitua dizendo que:
O conceito de hipertexto é muito simples, […] “[…] é uma abordagem da gestão de informação na qual os dados são armazenados em uma rede de nós conectados por ligações. Os nós podem conter textos, gráficos, áudio e vídeo, bem como programas de computador ou outras formas de dados. (p. 295).
Analisando o conceito de Filho (1994), percebe-se as variedades e as possibilidades de informações que estão presentes nos hipertextos, não se resumem apenas em textos, mas em algo que vai além da leitura de códigos em letras propriamente dita, estende-se às mais diversas possibilidades, sejam sonoras, visuais, ou outros, fazendo valer o hibridismo da sua essência existencial, ampliando, portanto redes de significações, segundo Nojosa apud Ferrari, ( 2010, p. 74), “as narrativas digitais superam as limitações da tradição da oralidade e da escrita, pois não buscam sentido em isolar ou fragmentar o sentido do texto ou do discurso”
O ciberespaço hoje se faz útil às necessidades da sociedade, visto esse fazer parte da rotina dos indivíduos desse século e consequentemente das gerações futuras que possivelmente conviverão com muito mais inovações nesse campo do que as gerações atuais. Freitas (2006, p.16), afirma que, “o ciberespaço é certamente um dos futuros da leitura e da escrita”.
Sendo assim, o profissional da educação, nesse cenário onde o mundo ciberespacial lhe possibilita essa interação e inserção num jeito novo de ler, produzir e interpretar situações textuais, poder-se á possibilitar a si e ao público ao qual se dirige novas experiências de ensino e leituras navegando no fantástico mundo dos hipertextos.
Da rigidez dos textos a uma leitura não linear dispõe os profissionais da educação ao acolher em suas práticas essas modalidades de recursos auxiliares no desempenho linguístico de seus discentes, sair de um contexto linear onde as entrelinhas seguem uma ordem cronológica para o mundo hipertextual, no qual o discente se verá imerso em janelas, sinais com significados diversos, as hashtags, por exemplo, utilizadas para classificar mensagens, os links, muito presentes nas janelas dos ciberespaços e que em questão de segundos direcionam o leitor a outras leituras.
Chagas e Steyer (2014, p.8), acerca das várias possibilidades de uso dos mais diferentes gêneros textuais citam que:
Quanto maior a diversidade de gêneros apresentamos na sala de aula, mais interessante as aulas serão e assim despertaremos muito mais a atenção do nosso aluno Entre os diversos gêneros textuais que podem ser trabalhados estão a Crônica, o Hipertexto e o Blog. Gêneros atuais que circulam nas revistas, rádios, TV e internet, como é o caso do hipertexto e do blog.
Os autores acima citados, exemplificam diversos modelos de possibilidades de se trabalhar com o uso das tecnologias modernas, ainda, segundo os autores, tais possibilidades de gêneros a serem trabalhados com os discentes tornariam o fazer pedagógico um momento digamos mais prazeroso.
Tais situações de trocas de conhecimentos seriam mais interessantes, uma vez que uma série de novos gêneros viriam tornar esses momentos de interação no espaço sala de aula, mais criativo e consequentemente com um pouco mais de sentido, uma vez que esse possa fazer parte do cotidiano do discente, se levarmos em consideração o uso das tecnologias na maior parte dos seus tempos.
Vive-se um tempo em que os avanços tecnológicos tomaram conta dos mais diversos espaços, diante desse novo cenário a educação não poderia ficar alheia e fugir à realidade na qual parte da sociedade vive inserida, realidade essa que é o mundo das novas tecnologias e que também deve fazer parte do contexto educacional da nova comunidade escolar, “discentes”, surgida na era dos nativos digitais, indivíduos que nasceram e convivem diariamente com os avanços tecnológicos da atualidade.
As tecnologias modernas, por meio de hipertextos podem contribuir de forma significativa para o aprendizado do aluna do no tangente aos conhecimentos sobre a estrutura da língua portuguesa dentro de um contexto que se prepare e se organize para isso, trazendo momento inovadores no ensino da língua através de recursos tecnológicos modernos, recursos esses, cada vez mais presentes no cotidiano da sociedade, seja dentro ou fora da sala de aula.
A escola, seus profissionais, não podem fechar os olhos e não perceber que é tempo de aderir a novas formas de apresentar seus conteúdo, e dentro desse contexto moderno, usufruir de resultados positivos, uma vez que as TICs, estão cada vez mais presentes no dia a dia dos alunos, e trazer essas tecnologias para enriquecer seus métodos educacionais é possibilitar também para si, um recomeço e a própria inserção do docente nesse novo contexto das tecnologias da informação e comunicação, que cada vez mais ganham espaços na sociedade contemporânea.
Considera-se, portanto, ainda, que as TICs podem sim ser uma metodologia inovadora e atraente aos alunos, visto tratar-se de uma novidade para os mesmos, algo que foge aos espaços onde se utilizam apenas livros didáticos e referências em metodologias tradicionais que perpassam os tempos, pensar novas técnicas, novos recursos é também, dentro de um contexto educacional, renovar-se enquanto instituição, enquanto profissional, e possibilitar à comunidade escolar discente o usufruto de participar dessas novidades que a modernidade tecnológica oferece no século atual.
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de ; MORAN José Manuel. Integração das Tecnologias na Educação. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2005.
CHAGAS, Fabiane Ribeiro das; STEYER, Fabio Augusto. a crônica, o hipertexto e o blog como incentivadores da leitura e da escrita. Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor pde artigos, vol. 1. Paraná, 2014.
Congresso Nacional. Lei n. 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília, 1996.
FERRARI, Pollyana. Hipertexto, hipermídia: as novas ferramentas da comunicação digital. 1. Ed. São Paulo: Contexto, 2010.
FILHO, Jayme Leiro Vilan. Hipertexto: visão geral de uma nova tecnologia de informação. Ci. Inf., Brasília, v. 23, n. 3, set./dez. 1994
FREITAS, Maria Teresa de Assunção; COSTA, Sérgio Roberto. Leitura e escrita de adolescentes na internet e na escola. 2. Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
PALFREY, Jonh; GASSER, Urs; Nascidos na era digital: entendendo a primeira geração de nativos digitais. Tradução: Magda França Lopes; revisão técnica: Paulo Gileno Cysneiros. Porto Alegre: Grupo A, 2011.
RAPAPORT, Ruth. Comunicação e tecnologia no ensino de línguas. Curitiba: Ibpex, 2008.
XAVIER, Antonio Carlos; SANTOS, Carmi Ferraz. O texto eletrônico e os gênero do discurso. Veredas, revista de estudos lingüísticos Juiz de Fora, 2001
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